Os fabricantes de botões apareceram no século 13, mas só nos séculos 15 e 16 é que a indústria dos botões se implantou verdadeiramente em França e aí floresceu.
No livro "O Botão ao Longo dos Tempos" de M. Albert Parent, diz-se que em meados do século 14 o botão já fazia parte dos objetos úteis, e depressa começou a ser utilizado como ornamento.
A moda da altura favoreceu o seu desenvolvimento. Os gibões da nobreza continham 38 botões guarnecidos, forrados com sedas coloridas, ou com botões em ouro, prata e pérolas. Durante o reinado de Henri III, todas as partes do vestuário tinham botões: as mangas, os ombros, os calções.
No século 17, o botão tornou-se menos decorativo e mais utilitário devido à sobriedade do vestuário. Em 1735, os fabricantes de tecidos e os retroseiros produziam botões forrados com tecido, mais sólidos e mais baratos, mas em 1736, uma ordenação Real interditou a fabricação destes botões. A produção de botões atinge o apogeu na altura da Revolução.
A primeira exposição tem lugar em 1798. No ano seguinte, em 1855, a produção está em pleno rendimento, principalmente a dos botões de metal destinados aos uniformes e dos botões de tecido produzidos mecanicamente. As evoluções técnicas substituem a soldadura pela rebitagem dos pés. Depois de se ter tornado uma das especialidades da França e de ter ocupado um dos primeiros lugares no mercado mundial, a indústria dos botões conheceu, entre as duas grandes guerras, um período difícil: as exportações diminuem e países como a Alemanha, a Itália e o Japão passam a ser fortes concorrentes do mercado francês. Estas dificuldades não se devem a um atraso tecnológico mas sim ao preço da matéria prima: madrepérola, corozo (marfim vegetal), osso.
O papel do botão continua a ser importante nos dias de hoje e sob todas as formas: quadrados, cilindricos, em forma de flor, de animal, de fruta, de pessoa, etc., com dois buracos, com quatro, com pé, utilitários ou decorativos, é raro conceber-se uma peça de vestuário sem eles.